quarta-feira, 23 de abril de 2014

Violência Sexual

Os papeis sociais do homem e da mulher são estabelecidos culturalmente e mudam conforme a sociedade e o tempo, tais papeis começam a ser construídos desde nascimento e são frutos de um processo histórico que se inicia no nascimento e continua ao longo de toda a vida, reforçando a desigualdade existente entre homens e mulheres. O papel da mulher na sociedade tem sido relacionada á reprodução, de um modo geral podemos dizer que as mulheres desde que nascem são educadas para serem mães, para cuidar dos filhos, para dar prazer ao esposo, para cuidar da casa. Esses papeis são desenvolvidos desde crianças  quando as mulheres são vistas como sexo frágil, e portanto dependentes e submissas.

O medo de ser diferente, de ousar, de se impor perante os papeis sociais, culturalmente impostos, imobiliza homens e mulheres. No campo dos sentimentos o homem é o mais prejudicado, pois, foi rotulado como ser racional deixando as emoções destinadas a mulher.



A mulher foi instituída para conceber a família, a sociedade e ao lar, relações de afetividade como o amor, compreensão, carinho e dedicação, que são impostos pela própria sociedade. Refere-se a situações tão diversas como a violência física, sexual e psicológica cometida por parceiros íntimos, o estupro, o abuso sexual de meninas, o assédio sexual no local de trabalho. A violência contra a mulher envolve os atos de violência contra as mulheres que se manifestam por meio das relações assimétricas entre homens e mulheres, envolvendo por vezes discriminação e preconceito.



A violência contra a mulher pode assumir diversas formas que não uma agressão sociopática de natureza sexual e perversa no sentido piscanalítico do termo, até formas mais sutis como assédio sexual,discriminação, desvalorização do trabalho doméstico de cuidados com a prole e maternidade.

Existe várias faces da violência:
• Sentir-se insegura na própria casa.
• Ter medo do seu companheiro.
• Ser humilhada.
• Não consegue agir ou reagir por medo.
• Ser obrigada a manter relações sexuais.



No aspecto filosófico:  Esta falta de individualidade que continua a caracterizar a filosofia da socialização feminina, vem de tempos imemoriais, claramente visível nas epopeias e tragédias da Grécia antiga, com Penélope a tecer na espera do amado e com Medeia a rebelar-se e a ser punida. Passados mais de vinte e seis séculos, constata-se hoje que as mulheres continuam a ser representadas na sua identidade fundadora como complemento masculino. Esta complementaridade que percorre a construção das identidades de género configura o modelo de dominação construído fundamentalmente através da domesticação do corpo sexual da mulher.


Nenhum comentário:

Postar um comentário